12.07.2010


Estou sentada no meu quarto, com o caderno encostado ás pernas dobradas. É engraçado. Sinto uma enorme vontade de escrever mas não sei sobre o quê. Fico horas a olhar para a folha em branco, passam-me mil e uma coisas pela cabeça mas a mão não se mexe e o lápis não traça um único risco. É ai que recebo uma mensagem tua:
                                                 
- Dás-me um abraço ?
É agora que tudo muda. Agora já controlo a minha mão e o lápis já marca a folha. A folha que deixou de ser branca e passou a ser uma folha de rascunho sobre ti. Agora as mil e uma coisas passaram a ser apenas uma, TU.
Tenho-te a confessar, ainda sinto a tua falta. É verdade. Estás presente em tudo que faço e não posso negar. Quero correr para os teus braços, abraçar-te com toda a minha força, sentir-te. Tenho saudades de quando me abraçavas e tenho uma pequena necessidade de te sentir. Estou mal e tu sabias confortar-me. Uma parte de mim continua a gritar por ti. Perco-me durante instantes, que se tornam quase eternos, nas minhas/tuas/nossas memórias, vagueio por todas elas. É a única maneira de te ver. Memórias estas que são gravuras nas paredes da minha mente. Não as consigo apagar. Podia. Mas não o faço. Sabes do que mais tenho saudades? De quando vinhas ter comigo á noite e ficávamos no pátio, juntos, sobre as estrelas.
Mordo o lábio e fecho os olhos para evitar as lágrimas, o coração acelera, as saudades invadem-me por completo.
Sim, também preciso do abraço.
Dou por mim agora a olhar para uma página do caderno preenchida apenas com letras dirigidas a ti.

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